Monólogo: "Como eu era antes de você" - JoJo Moyes

Confesso que este é um livro que eu não compraria pela capa. Me passou a imagem de algo muito "menininha", "mamão com açúcar" e tantos outros termos usados para definir aquilo que considero feito para o "sexo frágil".

Acabei conhecendo a história por acaso: estava no facebook passeando pela minha linha do tempo e vi um vídeo que havia sido repostado várias e várias vezes por diferentes pessoas. Resolvi dar play (raro). A trama me pegou: era diferente, era interessante!

Resolvi procurar pelo PDF do livro, pois ultimamente só tenho comprado aquilo que é indispensável (crise). Encontrei facilmente e iniciei a leitura.

No começo foi... hmmm, que chato. Uma história de uma garota que qualquer leitora se identificaria: desajeitada, estranha, um pouco rejeitada... mas também uma garota trabalhadora, forte e persistente.

Pareceu um pouco oportuno e estranho o tal emprego ter sido dado a ela e alguns chamariam isso de artificialidade, outros de destino. Várias vezes durante a leitura me questionei sobre as ações dela, mas me coloquei em meu lugar livre de (pré) conceitos.

E sim, fiquei revoltada com a opção do personagem principal. Se você não sabe qual foi, pare a leitura aqui, pois SPOILERS virão.

É uma discussão relativamente nova e polêmica esta do suicídio assistido. Me leva a várias perguntas, nenhuma com respostas certas.

Pensando no caso específico, do livro, vemos uma pessoa que passou pelo "processo de adoecimento" de uma maneira muito difícil. Difícil não talvez pelas condições físicas que ele se encontrava, mas difícil pela dificuldade em aceitar suas falhas, seus limites, sua não onipotência. O personagem antes do acidente era descrito como alguém extremamente fálico, bom, e realmente desta forma: onipotente!

Me questionei se um longo processo analítico não lhe seria de ajuda para entender e aceitar a fraqueza ontológica de todos nós.

Sobre as suas condições físicas que ele vê como ruins e piores a cada dia, basta uma procurada no google para ver muitas outras pessoas em situações piores (físicas, mentais, sociais, financeiras), mas que possuem uma vontade de vida enorme.

Lendo esse livro eu fiquei com a pergunta: o suicidio assistido é mesmo uma morte digna? (o nome da clínica é "dignitas")

No geral é uma história boa. Passei por um estado depressivo no final. E todos esses questionamentos podem ser porque estou tão acostumada com finais felizes que fiquei assim.

Estou esperando pelo filme que acho que vai ser muito bom (amei os atores escolhidos). E... o filme vai sair bem no dia do meu aniversário!!!! :)


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